Maria Pinna: “Nunca duvidei de Deus, tenho uma fé muito louca!”

A estrela abre o coração e fala de família, carreira, futuro e da fé inabalável

Na vida real, nem no mais remoto sonho a atriz Maria Pinna se parece com a malvada Regina, que interpreta em Cúmplices de um Resgate, do SBT. Sensível e generosa, a bela é do tipo que luta pra caramba por seus objetivos, mas dentro da retidão. Nascida em Ilhabela (SP), ela revela que, na adolescência, não tinha ideia do que queria ser no  futuro. Só sabia que jamais seguiria como modelo, pois nunca curtiu o trabalho, apesar de ter feito parte do casting de agências importantes, como a Elite Models e a Ford Models. E hoje se diz realizada como atriz, para alegria dos muitos fãs.

O início na telinha rolou na pele da Babi de Malhação (2010), lembra? Depois, ela participou de Cheias de Charme (2012), Lado a Lado (2013) e Joia Rara (2014). Vem ver a entrevista que a gata talentosa deu para a TITITI! 

A Babi de Malhação era meio polêmica... Fala um pouco desse começo de trajetória pra gente? 

É, era uma menina do colégio e que ficou grávida aos 16 anos. Foi superlegal fazer o papel, me ajudou muito... Uma experiência boa, uma escola... 

Quando decidiu que queria ser atriz?

Olha, ainda na escola eu queria biologia marinha. Depois fiz algumas coisas como modelo, mas odiava (risos)! Era mais pra ganhar uma graninha, tirar uma onda... Quando terminei o ensino médio, passei dois meses na Europa e na volta decidi cursar teatro. E agora estou aqui (risos)!

A Regina é a sua primeira vilã, certo?

Sim. Nossa, é bem diferente de tudo que já havia feito! Muito legal!

Como é trabalhar com a Larissa Manoela, por exemplo? 

A gente é muito amiga, apesar da diferença de idade. Engraçado isso, né? Acho que foi porque ela não tem irmã mais velha, nem eu mais nova (risos). Viramos irmãs uma da outra. 

Você nasceu em Ilhabela, morou no Rio e agora está em São Paulo. Qual prefere?

São Paulo (risos)! É até estranho falar isso porque não tem praia. Mas gosto daqui, do clima daqui. Adoro saber que sempre tem peças de teatro legais acontecendo. Aliás, tudo acontece em São Paulo. Acho que a cidade é a Nova York do Brasil. E, pra falar a verdade, tenho até preguiça de praia...

Como assim?!

Olha isso: preguiça de ir pra praia (risos). Acho que é porque não gosto de tomar sol. Já gostei muito, já fui daquelas de tostar e passar aqueles óleos, sabe? Mas agora, não.

Seus pais moram com você?

Então, meu pai, Gilmar Pinna, é do mundo. Mas minha mãe, Rosângela Pinna, mora comigo, sim. Quando entrei em Malhação, passei a viver sozinha. Aí, no meio da novela, liguei pra ela e pedi para ficar comigo. Nunca mais deixei ela sair (risos). 

A ligação de vocês duas é forte, né? Ela cuidava das suas finanças no começo? 

Ela cuida até hoje! Nem sei quanto que tenho na conta. Ela é minha melhor amiga. 

Se considera consumista? O que não pode ver que compra?

Eu compro tudo! Sou compulsiva, se vejo algo, falo: “Ai que bonitinho, vou levar!” Aí depois fica tudo no armário. Mas estou tentando melhorar. Eu era louca! Ficava cheia de conta para pagar e não conseguia guardar dinheiro.

Gosta de se arrumar sempre?

Nossa, não! Tenho tendência a sair toda largada. Já tenho que estar de maquiagem todos os dias no trabalho. Então, quando posso, fico sem nada. Acho linda aquela olheira... Acho um charme, verdade (risos)!

Pintou o cabelo para a novela ou quis virar ruiva mesmo? 

Pintei pra novela, sim! Mas adoro mudar! Assim que terminar, vou voltar para o meu natural, que é castanho.

Como é sua relação com a fé? É católica?

Sim! Nunca duvidei de Deus, tenho uma fé muito louca! Consegui muitas coisas graças a ela. Pensa: nasci em cidade pequena, onde nada acontecia. Não tinha portas abertas, nem dinheiro. E agora trabalho na TV, conheci lugares... Cara, é Deus! E preciso exercitar isso... todo domingo vou à igreja. 

E os fãs te deixam quietinha lá?

Esse encontro é sempre legal. Porém, esse é um momento meu e prefiro ficar sozinha. Deus está em primeiro lugar pra mim. É meu primeiro amor. 

Aliás, como lida com a fama e assédio?

Ah, não acho que tenho essa fama toda, é meio estranho isso pra mim. Mas tem o fato das crianças... O público infantil é muito fiel, eu estou percebendo isso agora. Não gosto muito das mídias tipo Facebook e Instagram, mas sei que a gente precisa utilizar porque os fãs querem acompanhar nosso trabalho. Mantenho mais pelos fãs mesmo. Gostaria que soubessem disso.

O que faz quando tem um tempo livre?

Gosto de ir ao cinema, ao teatro... Mas também curto ficar em casa vendo filmes. Já fui muito baladeira, hoje não. Pago pra não sair (risos). 

Ainda pedala muito?

Ainda gosto, mas não ando tanto mais de bicicleta. Tenho medo de andar nas ruas, acho perigoso. Ando na ciclovia de domingo. Pego um som, e fico escutando enquanto pedalo. 

Está namorando? Como anda o coração?

Sim, e estou feliz pra caramba! Mas não gosto de falar muito disso, de expor. Só digo que estou namorando e bem feliz! 

Pensa em casar, ter filhos?

Penso, mas primeiro trabalhar bastante. Tenho 27 anos! Até os 30 e pouco tá valendo!

Costuma cuidar do corpo? Faz dietas?

Olha, eu como muita besteira. Agora decidi fazer uma dieta e, na medida do possível, estou seguindo. Estou tirando o carboidrato de noite e fazendo ginástica. Mas se estou com muita vontade de comer um doce, como um queijo branco, por exemplo. Porém, não me privo. Nunca fui dessas que se cuidam demais (para manter o peso). Essa geração fitness, aliás, até me assusta. 

Como é a sua rotina de malhação?

Eu tinha um personal. Coitado, larguei ele (gargalhadas). Estou fazendo natação, gostando de subir escadas... Sabe aqueles simuladores? E gosto de malhar sozinha, escutando música.

Li uma vez que gosta de cantar...

Nossa, não sei cantar nada! Quando acabar Cúmplices, aliás, vou procurar um professor de canto. Eu gosto de música, tudo na minha vida é com ela. Sobretudo tipo jazz. às vezes coloco no carro e meu namorado fala: “Nossa, Maria! Que é isso que você tá escutando?!” (risos) 

Mais algum plano para depois da novela?

Tenho vontade de ficar uns tempos na Europa, fazer cursos de interpretação lá. E queria muito fazer teatro. 

Fonte: Tititi